Saiba o que acontece no Pilar Hospital em Curitiba.
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Desde março do ano passado, quando teve início a pandemia de covid-19, começaram a circular informações (muitas vezes em redes sociais) sobre a ingestão de alguns tipos de alimentos para fortalecer a imunidade e aumentar a resistência de uma pessoa caso ela contraísse a doença. Manter uma alimentação saudável pode sim ajudar no fortalecimento do sistema imune das pessoas, não só contra a covid-19, mas para qualquer tipo de doença. Segundo o Dr. Gustavo Gomes de Castro Soares, nutrólogo do Pilar Hospital, uma das principais recomendações é o consumo de alimentos frescos (preparados, no máximo, um dia antes do consumo). Também é indispensável uma dieta com verduras folhosas e frutas frescas. “Todas possuem um potencial antioxidante importante, além de sais minerais indispensáveis”, afirma. Na alimentação diária, Dr. Gustavo comenta que um cardápio adequado deve ter uma composição harmoniosa entre carboidratos (55%), gorduras (25 a 30%) e proteínas (15 a 20%). É fundamental incluir verduras cruas ou cozidas. “São importantes moduladores na imunidade e na glicemia, além de terem uma função de prevenção ao câncer devido às suas fibras, que garantem propriedades às células dos intestinos grosso e delgado e à microbiota intestinal, conhecida popularmente como flora intestinal. 90% do tecido imune está no intestino”, relata. Ele também frisa a importância da ingestão mais frequente de oleaginosas, como amendoim, castanhas, amêndoas, avelãs e nozes, que são ricas em vitamina E. O médico alerta para os cuidados na preparação dos alimentos. O processo de cozimento deve ser suficiente para inativar o vírus. As frutas e verduras cruas precisam ser lavadas em uma solução contendo uma colher de água sanitária para cada litro de água, promovendo a desinfecção de micro-organismos. No último ano, muitas pessoas comentaram sobre a ingestão de vitamina C por meio de suplementos comprados em farmácias, como uma forma de aumentar a imunidade. De fato, é uma vitamina importante para a saúde em qualquer ocasião. Mas segundo o Dr. Gustavo, a melhor forma de ingestão é por meio das frutas cítricas e outras, como caju, mamão, morango, goiaba, acerola. “São alimentos que reforçam a imunidade e possuem um componente ativo em diversos processos metabólicos”. Devem ser evitados os alimentos processados, industrializados prontos ou semiprontos. O consumo de embutidos em excesso também não é adequado. O aumento do hábito de pedir alimentos via delivery, requer cuidado na escolha das refeições. “Com a tendência da valorização do delivery, para evitar aglomeração fora de casa, inevitavelmente muitos deslocam a intenção do consumo alimentar para o fast food, que normalmente são alimentos ultra processados, com excesso de calorias e desequilíbrio na composição de gordura, carboidrato e proteína”, alerta Dr. Gustavo. Alimentação de pacientes que contraíram Covid-19 Segundo Dr. Gustavo, pacientes acometidos por uma forma mais leve de covid-19, mas que tiveram o impacto da perda de peso maior que 10%, são enquadrados como desnutridos, pois tiveram uma considerável perda em um curto espaço de tempo (entre 15 e 45 dias) e precisarão de acompanhamento especializado. “A desnutrição pela perda de 10% do peso por ausência de apetite, conhecida como inapetência, recai não somente com perda de gordura, mas de massa muscular, carências vitamínicas e de elementos como o selênio e zinco, que são fundamentais na imunidade”, comenta. Para os pacientes que receberam alta hospitalar, o caminho é longo, podendo durar em média de 3 a 12 meses ou mais. “O impacto sobre o paciente que permanece internado mais que 25 a 30 dias é devastador sobre todas as reservas corporais. Muitos desses pacientes se aproximam de uma perda de peso em torno de 30% do peso corporal, o que é literalmente o limite de sobrevivência em doentes”, alerta. O Pilar Hospital conta com uma estrutura de atendimento qualificada aos pacientes internados. Durante todo o período de pandemia, eles recebem atenção especializada e individualizada, seja nos casos de covid-19 ou não. “Pacientes que dependeram da alimentação artificial durante o internamento dispuseram dos melhores produtos que a indústria de alimentação pode oferecer; no que diz respeito às formulações alimentares, sempre as mais adequadas para cada situação”, explica Dr. Gustavo. “A equipe é constituída por médicos, farmacêuticos, nutricionistas e enfermeiros, com os quais as decisões são compartilhadas. Ao receberem alta, os pacientes regularmente são orientados por nutricionistas no hospital”, completa.
Curitiba, 07 de junho de 2021 PILAR HOSPITAL INFORMA: Em razão do crescente número de pessoas que estão buscando atendimento nesta entidade hospitalar, informamos que hoje, dia 07 de junho de 2021, atingimos a capacidade máxima operacional em nosso Pronto Socorro. Sendo assim, estamos em restrição de atendimento. Comunicamos também, neste momento, que nos encontramos no limite máximo de ocupação nos Setores de Internação e Unidades de Terapia Intensiva, sem condições de novos internamentos. Pedimos a compreensão de nossos pacientes e informamos que retomaremos a operação normal assim que tenhamos condições de realizar novos internamentos. Atenciosamente, A Direção. Curitiba, 07 de junho de 2021.
Paciente com tumor vertebral é a primeira na América Latina a ser operada, em Curitiba, com a união de três equipamentos inovadores Uma paciente de 60 anos foi a primeira operada no final do mês de abril, em Curitiba (PR) com a junção de três equipamentos inovadores na área médica. Apesar de serem usados isoladamente em alguns casos, só na capital paranaense, no Pilar Hospital, se tem essa tecnologia em conjunto para a utilização nos procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, como é o caso das neurocirurgias, cirurgias oncológicas, gerais, entre outras. A paciente é a primeira na América Latina a poder contar com esses equipamentos atuando em conjunto: Brainlab Curve Image Guided Surgery, Zeiss Kinevo 900 e tomógrafo intraoperatório Airo, que auxiliam cirurgiões em procedimentos altamente precisos. Ela passou por uma cirurgia na coluna visando ao tratamento de um tumor que cresceu a partir de uma das raízes nervosas cervicais para dentro do canal medular, causando a compressão de sua medula espinhal. “Tratava-se de uma lesão extremamente vascularizada e essa paciente já tinha sido submetida, há um ano, a uma tentativa de intervenção cirúrgica, em outro serviço, para ressecar essa lesão. Infelizmente, durante aquela cirurgia, houve um sangramento muito profuso do tumor e não foi possível a solução completa, sendo feita uma ressecção parcial”, conta o neurocirurgião Dr. Luiz Roberto Aguiar. Após a primeira tentativa cirúrgica a paciente passou a apresentar déficit neurológico motor no braço direito. Durante o período de quase um ano apresentou exacerbação dos sintomas com piora da paralisia e dor. “Ela nos foi indicada, fizemos os exames necessários para diagnóstico e uma programação de operá-la com uma tecnologia que envolveu, em primeiro passo, a desvascularização completa do tumor por embolização pré-operatória dessa lesão, o que foi levado a efeito por uma técnica endovascular. Por acesso na artéria ilíaca foi colocado um micro cateter nos vasos que nutriam o tumor e realizada a embolização”, explica o cirurgião. Passado esse processo, a paciente foi levada para a sala de cirurgia e posicionada para ser operada. “Neste momento, começamos com o uso do recurso tecnológico mais atual, que é a tomografia intraoperatória”, conta o neurocirurgião Dr. Leo Ditzel Filho. “Assim, antes de começarmos a dissecar o tumor da paciente, fizemos a incisão de pele e colocamos um sistema de referência de navegação na sua vértebra. Com um giro de 180 graus, a mesa cirúrgica, construída de fibra de carbono, portanto transparente aos raios-X e comandada por controle remoto posiciona a paciente para aquisição das imagens no Tomógrafo Airo, que está instalado na sala de cirurgia. Trata-se de um tomógrafo de 32 canais, de alta resolução. Essa tomografia é adquirida em questão de segundos (30 a 40 segundos para fazer a imagem) e os dados são transferidos automaticamente para o sistema de navegação. Neste momento temos as imagens de ressonância magnética pré-operatórias da paciente e a imagem real, nesse momento da cirurgia”, completa. Segundo Dr. Aguiar, a grande dificuldade que se observava nesta situação é que nem sempre a imagem pré-operatória coincidia com a situação real do posicionamento da coluna da paciente na mesa cirúrgica, pois foi adquirida em posição diversa à que o paciente se encontra na sala de cirurgia. O sistema computadorizado AIRO/CURVE, através de um software de inteligência artificial, ao capturar a imagem tomográfica com a paciente posicionada para a cirurgia faz uma fusão das imagens (uma vez que são da mesma paciente). Para isto utiliza um software que promove uma “deformação elástica” do exame pré-operatório. Como as vértebras são fixas, o que muda é a posição relativa entre elas. O sistema de navegação realinha as mesmas vértebras, na posição em que elas se encontram neste momento. “A diferença não é grande, explica o Dr. Aguiar, mas a precisão necessita ser absoluta, com uma possibilidade de erro menor que 1 milímetro.” Neste momento começa a cirurgia propriamente dita, com técnica de microcirurgia. O cirurgião, olhando através do microscópio o campo cirúrgico, enxerga uma imagem holográfica, tridimensional, que representa as estruturas relevantes que foram previamente definidas, como a medula espinhal, as raízes nervosas, os vasos e o próprio tumor. “Então, mesmo no meio de toda a fibrose cicatricial da cirurgia anterior e com toda dificuldade de visualização do tumor, que invadia e destruía parcialmente o tecido ósseo e envolvia a artéria vertebral, nós sabíamos exatamente onde estavam os limites superior, inferior, lateral e medial da lesão, e ainda, onde estavam a medula espinhal, os nervos e a artéria vertebral. O procedimento microcirúrgico de dissecção e ressecção do tumor, extremamente delicado, é auxiliado pela monitorização neurofisiológica, realizada por um médico especialista em neurofisiologia, que fica mapeando as funções neurológicas, motoras e sensitivas, enquanto o cirurgião trabalha.” lembra. “Graças a todos os recursos tecnológicos e ao trabalho interdisciplinar de uma equipe de 19 pessoas, muito bem treinadas, incluindo vários médicos, enfermeiros, técnicos e engenheiros médicos a recuperação da paciente se deu de maneira exemplar. Já durante a cirurgia observamos uma melhora nos potenciais motores no braço direito, que estavam alterados, e no pós-operatório imediato observamos excelente recuperação da função, que deverá voltar ao normal, e remissão completa da dor” salienta o Dr. Luiz Roberto Aguiar, que coordenou a equipe cirúrgica.
Tratamento inadequado do diabetes pode levar o paciente a ter neuropatia diabética A neuropatia diabética é uma das complicações crônicas mais comuns de quem tem diabetes e é responsável por grande parte das amputações de membros dos pacientes nesta condição. A neurologista do Pilar Hospital, Claudia Panfílio, explica quais são os quatro tipos de neuropatia diabética e os riscos provocados pela doença. Ela é um comprometimento dos nervos por causa do diabetes. “O que mais vemos são nos nervos periféricos, então a pontinha dos dedos dos pés, das mãos, que são os que mais incomodam os pacientes de modo geral, mas existem outros tipos também, que pegam os nervos que comandam a pressão arterial, a frequência cardíaca, a digestão, então, temos vários tipos de neuropatia diabética”, explica a neurologista. Segundo a Dra, Claudia Panfílio, a hiperglicemia (glicose em dose mais elevada) ela entra dentro do nervo, causa uma alteração metabólica lá dentro, ele estufa, e esse nervo acaba degenerando. Essa é uma das teorias. Também tem outra teoria de que o próprio diabetes vai entupindo os vasinhos, bem microscópicos, por gordura, e a circulação até o nervo fica ruim e ele morre. O nervo morrendo ele não comanda também a dilatação, a contração dos vasos. Ou seja, são várias alterações que se apresentam no corpo do paciente, até uma situação autoimune também, mas elas ocorrem por causa do diabetes, da glicemia alta”, comenta. A neurologista explica que o diabetes é uma doença silenciosa, então, às vezes, a pessoa até sabe que tem, ou que está com a glicemia um pouco alta, mas não sentindo nada o paciente não se preocupa em tratar, em fazer a dieta. “Mas a doença vai avançando e depois de alguns anos de doença o paciente começa a ter um formigamento na ponta dos pés, dor, perda de sensibilidade, aí machuca o dedo e não percebe que machucou, e assim pode chegar até a uma amputação mesmo”, diz. De um modo geral, os sintomas começam por um formigamento, às vezes com a dor, outras vezes inicia com pontadas, na ponta dos dedos dos pés e vai subindo até as pernas, os dedos das mãos e vai subindo. “Alguns pacientes já começam o quadro clínico com uma paralisia do olho, por exemplo. A neuropatia, quando pega o terceiro nervo, que movimenta o globo ocular, geralmente é possível reverter em três a cinco meses a pessoa volta a movimentar os olhos. Mas não deixa de ser grave, pois na correlação com isso vão ocorrendo outras coisas, a pessoa vai perdendo a visão, o rim vai perdendo a função, tudo isso por causa do diabetes”, avalia. “Para chegar nesse ponto são vários anos em que a pessoa não se cuidou e não fez o tratamento adequado, por isso, é importante ter o acompanhamento médico, tomar os medicamentos de acordo com a prescrição, seguir uma dieta específica e praticar atividades físicas”, complementa a médica.